SHAPER






OCTÁVIO LOURENÇO
SHAPER

No ano da revolução, algures no mês de Fevereiro, Júlio e Teresa, descobrem inesperadamente que nove meses depois lhes iria nascer o seu segundo filho, a quem viriam chamar de Octávio da Graça Lourenço.

Aos cinco anos é-lhe proposto entrar na escola o que aceita sem saber bem o porquê da questão. Nas aulas passa a maior parte do tempo a desenhar, pois assim, consegue-se mater mais concentrado na assimilação de todas as matérias. Desenvolve um gosto por números e uma aversão por letras devido a sua dislexia.
Em criança aprende a nadar na praia do Cavalo Preto com o auxílio de um cinto de cortiça, construído pelo seu pai. Aprende desde cedo a máxima que seu pai lhe passou. “Ou fazes bem feito ou mais vale não o fazeres”…

Aos sete começa mergulhar com o irmão compartilhado os óculos comprados com algum dinheiro da apanha da alfarroba, na praia do Lacem. Onde se divertem a tirar pessoas aflitas das correntes… e a pescar. Na escola continua os seu estudos na área das artes, entrando na Escola Tomás Cabreira. Continua a passar as aulas a desenhar passando o resto do dia a pintar. Sempre que pode foge para uma oficina de torneiros-mecânicos, pintores e soldadores. Pois desde cedo fica fascinado pela técnica, absorvendo tudo o que vê.

A partir dos 20 anos passa a gerir durante o Verão, a meias com o Bruno Martins e com a Eduarda, o bar de praia Happy Paradise em Cabanas, Tavira, conciliando com a entrada na Escola Superior de Tecnologia, Gestão Arte e Design, em Caldas da Rainha. É em Cabanas que tem o primeiro contacto com o surf numa tarde de levante de Verão.

Na universidade, faz amizade com o Balin que o leva frequentemente para aprender a fazer surf na praia de Super Tubos, continuando fascinado pela técnica e escolhendo a vertente de pintura, passando a maior parte do seu tempo livre nas oficinas de escultura. Inicialmente constrói uma prancha toda de raiz com restos de uma prancha velha de windsurf. Reúne depois materiais adequados e começa a construir pranchas para os amigos e para si próprio. Depressa é convidado para fazer pranchas para a loja Surfoz onde estas não ficam mais de três dias expostas.

Como projecto de fim de curso apresenta a prancha como objecto de costumização (personalização) e objecto de arte. Reúne informação desenvolvendo contacto com outros shapers a nível mundial, e cria condições para a construção de pranchas, sendo por vezes necessário recorrer á criação de ferramentas não existentes no mercado.
Convida outras pessoas a entrar no projecto já depois de ter terminado a licenciatura. Baptiza o seu logo pessoal de FEROX, palavra que em latim, designa Feroz e é a partir daqui que abre as portas da fábrica.

Entra numa pós-graduação de Restauro e Conservação do Património na Escola Superior de Tecnologias e Arte de Lisboa, desenvolvendo um trabalho final sobre resinas e polímeros.
Em 2010 é adquirida uma máquina de Shape Digital credenciada, e de última geração e é feito um rebranding da marca. Tem sido um percurso de evolução natural, e respeito pelos passos a dar a seguir, evolução essa visível na qualidade das pranchas que se conota com o grau de satisfação daqueles que fazem parte da família Ferox.